As perspetivas são otimistas, sobretudo devido ao controlo da pandemia e à consequente consolidação da retoma económica mundial. O mercado imobiliário português continua a atrair investidores internacionais e o fecho de alguns negócios, suspensos em 2021, apontam para que o volume de investimento em imobiliário comercial ultrapasse os níveis pré-pandemia.
Os investidores internacionais continuam interessados em investir em setores onde a oferta é escassa — logística, saúde e residencial para arrendamento. A escassez da oferta poderá acelerar a adaptação do mercado habitacional a novos formatos de ocupação, aumentar o volume de investimento em promoção/reabilitação urbana e “forward purchase”.
O setor dos escritórios deverá retomar, gradualmente, o seu dinamismo, principalmente devido à procura crescente, por parte de empresas tecnológicas e multinacionais, que pretendem entrar no mercado nacional.
A certificação ambiental dos edifícios trará novas oportunidades de posicionamento aos ativos imobiliários, pela sua crescente importância, face à consciencialização da necessidade de reduzir a pegada ambiental — atualmente a questão da sustentabilidade é tida em conta desde a construção até à ocupação dos imóveis.
As perspetivas são otimistas, principalmente se lhe somarmos a previsível estabilidade das taxas de juro do Crédito à Habitação, contudo, o setor imobiliário enfrenta um enorme desafio — o aumento do preço dos materiais de construção que “traz um elevado grau de imprevisibilidade da margem de lucro aos promotores/investidores”.