Os custos associados à construção de imóveis continuam a subir, mas os promotores imobiliários garantem que, para já, os projetos continuam a sair do papel atempadamente e as instituições financeiras mostram-se disponíveis para financiar a construção de imóveis.
A subida do custo dos materiais de construção e da mão de obra já não é novidade, mas o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e a subida da inflação acentuou-o — segundo os últimos dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), o preço dos materiais de construção aumentou 20% e a mão de obra 6%.
Ou seja, o setor imobiliário enfrenta um novo e enorme desafio, visto que, o aumento dos custos associados à construção de imóveis repercute-se tanto no bolso dos construtores como dos promotores imobiliários e no preço final das casas.
Contudo, tanto os promotores imobiliários como alguns responsáveis das grandes instituições financeiras mostram tranquilidade e segurança.
— “Temos desafios pela frente, mas estamos otimistas!” [João Patrício, BPI]
— “Os promotores estão tranquilos e recetivos a ajustamentos para evitar problemas durante as obras”. Para operações futuras é preciso criar novas soluções, “mas o banco não tem qualquer tipo de restrição de financiamento imobiliário“. [António Fontes, Santander Totta]
— “Os custos de construção são um enorme desafio. Há projetos que estão “ongoing” e que foram contratados com indicadores diferentes dos de hoje”. É preciso analisar e perceber os condicionalismos “para haver níveis de risco o mais controlados possível […], sendo que é importante para o banco garantir que o construtore o promotor conseguem terminar a obra a tempo“. [Cristina Fontes, Caixa Geral de Depósitos]
Para já não há atrasos na entrega das obras, apesar da dificuldade em gerir os custos de construção, e prevê-se que o setor da construção civil contribua para o crescimento da economia mundial.